segunda-feira, 1 de abril de 2019

Indicação: Maniac | Série da Netflix debate temas dentro da psicologia.



Trazendo Cary Fukunaga de volta à televisão, e composta por um elenco de grandes nomes, Maniac chega ao Netflix com grandes ambições e metas a serem cumpridas por sua abordagem peculiar. Jonah Hill e Emma Stone já são conhecidos do público desde a comédia adolescente “Superbad”, anos atrás. Na última década, no entanto, ambos se tornaram figuras recorrentes do Oscar no mundo do cinema, e fazem jus às suas carreiras até aqui com dois personagens repletos de potencial para grandes performances, em uma história não tão inconvencional quanto poderia se esperar.
Hill interpreta Owen, um jovem de família rica que sofre de esquizofrenia, e tem dificuldade para distinguir o “real” da “ilusão”. Sua família o mantém afastado, com vergonha de suas condições (ou incapacidade emocional de lidar com elas), e Owen frequentemente passa por delírios onde acredita fazer parte de algum tipo de conspiração governamental. Annie (Emma Stone), por outro lado, dedica boa parte de seu tempo à não estar consciente de sua realidade, atormentada por seu passado familiar, e tenta fazer dinheiro para seus vícios aplicando alguns pequenos golpes neste “futuro próximo” que a série apresenta.

A sociedade de Maniac é uma previsão cínica de como as gerações atuais vem se distanciando da realidade, e aderindo à segurança das relações virtuais. Empresas oferecem serviços como “Friend Proxies” (uma espécie de amigo substituto), que são pagos para se importarem com você, com o que você está falando, e fingirem ser quem você quer que eles sejam. As pessoas podem vender suas imagens para um banco de dados que as usará em propagandas como bem entenderem, sem a necessidade de suas aprovações. E doenças neurológicas se tornam muito mais comuns e difíceis de serem resolvidos pela medicina, do que qualquer aflição física.

Owen e Annie acabam se envolvendo em um estudo científico que se propõe a acabar com todo e qualquer problema psicológico, através de três comprimidos alucinógenos. Os três comprimidos, “A”, “B” e “C”, são responsáveis por expor os traumas e medos dos pacientes, encontrar os pontos cegos em suas auto-interpretações e, por fim, reestruturar seus mecanismos neurológicos de defesa para lidarem com o problema (essencialmente, “curando-os”).
Trailer Legendado:


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